sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

É Carnaval: fantasias da moda



Mulher Maravilha by Diane von Furstenberg: pode apostar!

A moda é repleta de personagens - para o bem e para o mal. Os tipos mais comuns?

1. a feia que tem certeza que é bonita - admiro, porque a autoestima de uma pessoa assim está nas alturas.
2. a classe média que queria ser rica - que tem o nome no Serasa e deve o condomínio, mas que jura que sua família é muito sofisticada e assiste 30 mil vezes Bonequinha de Luxo para imitar todos os trejeitos de Audrey Hepburn. Só Freud ajuda.
3. a garota do interior (nada contra, pelo contrário!) que quer parecer a mais moderna da cidade - negação da origem?
4. a mal educada que finge que má educação é sinônimo de algo legal e vira...uma personagem, daquelas que alguns têm medo, outros, dó. Sua máscara? Carão 24 horas por dia + óculos com lentes enoooooormes.
5. a extravagante - que no fundo é tão insegura, que coloca tudo agora ao mesmo tempo para ver se consegue desviar a atenção dos outros para os apetrechos, não para ela.
6. a sábia - que destila "conhecimento" e que adora usar expressões em outros idiomas para mostrar todo o seu know-how. Mas que nunca admite que aprendeu algo com alguém ou que não sabia de alguma coisa até outro dia.
7. a simpática - que basta você virar as costas para ela começar a falar mal. Vulgo falsa até o último fio de cabelo.

Enfim, é claro, que esses tipos existem em qualquer profissão, mas é divertido e ao mesmo tempo triste ver que na moda eles aparecem aos montes. Alguém tem um palpite do porquê?

É Carnaval: Mangueira!



Marc Jacobs, inverno 09

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Tendência: a não compra



Vitrine? Pode namorar à vontade!

Anna Wintour, toda-poderosa da Vogue América, diaba e musa de muita gente, disse, no The Wall Street Journal, que um look "Dubai", ostensivo, cheio de excessos, não está na moda - culpa da crise americana. Vivian Whiteman, do Ultima Moda, fez quatro posts (ótimos e um tanto quanto bravos) falando das contradições no discurso de Anna. De que lado do balcão você vai ficar não importa. O fato é que a "tendência" dessa estação parece ser "mande o seu cartão de crédito para a rehab". A dúvida é: será que pega? Infelizmente, tenho minhas dúvidas (pessoais e profissionais). Entrevistei recentemente Christian Louboutin e fiquei impressionada não só com o preço dos sapatos por aqui (R$ 5 950, mas pode apostar que muita gente vai comprar), mas com o comportamento da própria mídia em torno dele. As solas vermelhas nada mais são do que logos andando pra lá e pra cá. As desculpas para conseguir um sapatinho desses são as mais absurdas - sapatos são as novas it-bags, são as novas joias, a sola seria o suprassumo de algo bem feito. Para mim, elas são lindas sim, mas são, na verdade, uma grande sacada de marketing, que faz muita gente se jogar e perder o limite do bom senso (cá entre nós, acho alguns sapatos impossíveis de andar). Esse é só um case para ilustrar como tem muita gente aí, inclusive na imprensa de moda, que se deixa levar pela maré - para fazer parte de um mundinho, clubinho etc, todo mundo tem que ter o it-sapato, a it-bolsa, o it-óculos e a it-bijoux. E olha que eu não sou contra comprar nada - pelo contrário, até cometo meus excessos. Mas já cansei um pouco disso tudo também (principalmente do excesso, já que para algumas mulheres não basta ter um Louboutin ou uma Hermès, é preciso vários e de várias cores!) e, sinceramente, não acho legal chegar em um lugar e ver 10 mulheres com a bolsa igual -penso logo que é jabá, esses "brindes" que algumas marcas mandam para algumas pessoas "importantes". Falando em bolsas, a Louis Vuitton tem planos de abrir, ainda nesse ano, uma loja em Minas Gerais. Parece que se as vendas estão caindo na Europa e nos EUA, por aqui, a mulherada quer mesmo é aparecer com muitas Speeds na mão - outro case para se estudar. O assunto dá pano pra manga - e pro colarinho também - e não é novo - se discute sobre logos e marcas, desde que logos e marcas existem. Vamos pensar no assunto?