terça-feira, 29 de abril de 2008

Tudo o que reluz é ouro

Minha paixão por jóias é recente, mas avassaladora - pena que seja grande demais para o tamanho do meu bolso. Mas, como nunca é demais sonhar e se inspirar, listo aqui o meu top 10 preferido (do Brasil) + listinha de desejos:

10 - Camila Sarpi: nova geração, Camila é fofa e talentosa - faz coisas incríveis com madeira, descobre pedras inusitadas, cria peças que fogem do óbvio. Quero já: anéis colecionáveis, que parecem balas!
9-Dryzun: tem preço bom e peças bacanas. Quero já: colar de bolas brancas, da linha Josephine Baker.
8 -Ana Rocha & Apolinário: femininas, moderninhas, acessíveis e perfeitas para o day by day. Quero já (na verdade, já faz tempo): brinco de elos em três tons de ouro (amarelo, branco e rosa).
7 - Izabel Esteves: glamour é a palavra - pelo menos é a parte do trabalho dela que mais gosto. Se é para querer, fico com o colar de pedras de diamantes irregulares.
6 - Mario Pantalena: tradição x modernidade. Quero já: cocktail ring com pedras poderosas.
5 - Carla Amorim: o que mais gosto no trabalho dela é o cuidado extremo com as peças, incluindo os "forros" das jóias. Quero já: pulseiras colecionáveis de ouro rosa.
4 -Fabiana Mortari: super estilosa e linda, Fabiana faz jóias grandes e com cara de antiguinha, Difícil encontrar uma igual por aí. Quero já: brinco de turquesa, opalas e diamantes déco,
3 -Família Vartanian: Jack e Ara têm marcas distintas, mas as duas são repletas de peças com espírito art déco e pedras de primeira. Quero já: brinco da linha Tous le jours, do Jack.
2 -H. Stern: ela é gigante e tem qualidade exemplar. Minhas coleções preferidas são a da DVF, a da Rua das Pedras e a mais recente, do Grupo Corpo. Maravilhosa! Quero já: o brinco com efeito 3-D, que parece um lustre de ouro vazado.
1 - Silvia Furmanovich: as jóias mais exóticas, especiais e com misturas incríveis que eu já vi. Quero já: peças com coral e drusas.

domingo, 20 de abril de 2008

Perfecto perfeita





De cima para baixo: a versão biker de Fabia, a perfecto 613, usada por Marlo Brandon, e a perfecto curtinha, by Cori.

Em todas as revistas de moda só dá ela: a perfecto, jaqueta de couro, imortalizada por Marlo Brandon em O Selvagem, é item obrigatório desse inverno. Deixa looks caretinhas com ar rebelde no ato, é perfeita para produções rock glam e faz dupla bonita com vestidinhos leves - aqui, o contraste de materiais é a grande sacada. Difícil resistir. Mas, difícil também é encontrar uma - boa - que caiba no nosso bolso e ainda ter de se decidir entre ela e a biker, versão mais nova, slim e com menos zíperes do que a perfecto original, de 1928.

Vamos as opções: ontem, vi uma linda de morrer na Osklen (mais esportiva, curtinha e com gomos), que custava mais de R$ 2,5 mil! Sim, já falamos como a moda brasileira está soooo expensive, então, é bom ter criatividade. Comprei a minha (biker, com punhos elásticos e molenga) na Saks, em Nova York, e paguei 550 dólares, ou seja, um pouco menos de R$ 1 mil. Para quem não tem viagem marcada, uma boa solução são os brechós - Trash Chic e B. Luxo estão entre os meus preferidos (vi uma Moschino no Trash Chic cheia de tachas, tão rebelde chic!). E, claro, com sorte e olho, dá para achar boas versões em lojas mais populares: tenho uma amiga que comprou uma (biker) na Zara e pagou R$ 350 e vi uma perfecto bicolor (preta, com listras vermelhas) na Renner, que era bem bonitinha.

Onde mais? Fabia Bercsek fez ótimas bikers, a Pelu tem versões da perfecto em pink (que eu só recomendo depois de você já ter uma mais básica, preta ou café)e a Burberry tem a mais incrível de todas, matelassada, vendida na Daslu por muitos digítos - só tente se você realmente não se importar de pagar mais de R$ 5 mil em uma única peça. Ah, e tem a da Cori, que fez uma perfecto mais curtinha, que eu acho uma graça, e a da Kate Moss para a Top Shop (vende aqui em SP, em uma lojinha da Augusta especializada, aliás, em couro, a V.Blanco - eles fazem o modelo que você quiser).

A jaqueta perfeita, no fundo, vai depender do seu estado de humor (dá até para comprar perfectos em lojas de motoqueiros mesmo e fazer o estilo total Hell´s Angels)e das boas e velhas proporções - para alongar o corpo, prefira as mais curtas. Se alguém mais souber onde encontrar opções incríveis, me conta!

PS: A boa notícia é que, apesar de cara, essas jaquetas estão sempre na moda. E duram muito, desde que alguns cuidados sejam respeitados - o couro, por exemplo, precisa respirar. Mas isso já é assunto para um outro post.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Dress Code, por favor?

Pode parecer antiquado, old fashion, mas aqui vai a minha defesa para os convites com dress code. Ontem, fui a uma festa e a miscelânea de estilos era tamanha, que deixava confuso mesmo quem está acostumado com os anos 00, em que tudo é permitido. Jeans rasgado com camiseta dividia espaço com vestidos bolo, do tipo baile de debutante cafona; sandálias rasteiras brigavam com saltos altos; ninguém sabia se era o caso de longo ou não. Em festas, colocar o traje ideal - não necessariamente o obrigatório - facilita a vida de muita gente. E contribui para a harmonia estética. Afinal, não dá para confiar no bom senso e, com as formalidades caindo por terra, confundir ocasiões não é raro - vide concertos no Teatro Municipal, em que metade da platéia tira plumas do armário e a outra não desgruta do moletom com tênis. Na dúvida, eu respeito sempre o convidado (ou o ator, ou o cantor) e vou, no mínimo, arrumadinha - deixo o moletom e o velho tênis surrado para a descontração da minha casa.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Truques de styling - pode copiar

Nem sempre é preciso comprar para renovar. Com pequenas idéias, daquelas que você provavelmente já tem no armário, dá para brincar muito e deixar as roupas de ontem com cara de agora. Aqui, algumas idéias para se inspirar:

Y-3


Vermelho total: use, sem medo, meia-calça colorida, na cor da roupa.

Osklen


Sobreposição + hi-lo: o vestidinho de festa vai para a rua com tênis e peças sobrepostas.

Lacoste


Amarre uma manta displicentemente e passe uma das pontas sob um cinto. Muda tudo.

Hermès


Simple chic. Um lenço amarrado deixa a bolsa mais incrível - e olha que essa não precisa de esforço...

Diane von Furstenberg


Cinto fino é a palavra. Transforma velhos paletós, deixa tudo com ar 40´s e é muito feminino.

Burberry Prorsum


Burberry: troque a camisa social por um cardigã. É mais quentinho, mais moderno e mais surpreendente.

Look do dia



Lacoste, inverno 2008

Como não pude postar ontem e dar continuidade a minha série domingo com estilo, aí vai um ótimo look para se inspirar hoje. Eu simplesmente adorei essa coleção da Lacoste, que, aliás, acaba de abrir uma loja bem mais bacana aqui no Brasil - tomara que todos esses itens fofos cheguem! Quer coisa mais gostosa do que esse macacão cinza? E as botas pesadas, ótimos para dias como hoje, com essa garoa que vai e vem? Bom, passei na Lacoste daqui semana passada e já tinham chegado quepes super bonitinhos, cachecóis e boas malhas masculinas, super adaptáveis...Tenho fé.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

NY e Marc Jacobs



Primavera de Marc Jacobs: bonitinha, mas ordinária

Voltei sábado de uma viagem-relâmpago a Nova York. Fui a trabalho e não tive muito tempo de ver vitrines (sniff, sniff) ou fazer compras. Mas, como é de costume, passei nas duas lojinhas do Marc Jacobs na Bleecker street e...sai de lá com um tremendo bode. Primeiro, acho too much toda a muvuca - fila para entrar, consumidoras enlouquecidas, levando cinco bolsas iguais. Mas o que mais me incomodou foi a sensação de que é muita quinquilharia por nada. Afinal, não é só porque anéis (horrendos) de plástico, espelhos em formato de concha ou pingentes de poodle (super mal acabados) estão sob o aval das iniciais MJ que eles passam a ser bons. Ok, custam poucos dólares, você pode dizer (todos esses itens estão à venda por menos de US$ 20). Mas não valem o espaço na minha mala - ou no meu armário. A verdade é que nessa viagem não senti tanta vontade de fazer compras. Talvez tenha sido a concentração de energia no trabalho, o fato de estar sozinha ou a pura preguiça de carregar coisas demais. Fiquei pensando nessa tendência que não é nada nova (especialmente na França) de ter poucas e boas coisas - arrematei um blazer Margiela e uma jaqueta de couro na Saks. E só. Fiquei bem feliz da vida.

Voltando ao Marc Jacobs, em novembro passado, quando também estive em NY, li uma matéria no New York Times falando justamente dessa enorme popularização da sua marca. Por um lado, acho ótimo ter itens baratinhos de um estilista tão famoso. Por outro, realmente penso se vale a pena levar para casa tanto produto made in China só para dizer que se tem algo do estilista queridinho da América. E mais: mesmo na Marc, que não tem preços tão em conta assim (sandálias de plástico por US$ 200, blusinhas de algodão por US$ 400), senti que era o tipo de investimento que não vale a pena: o material é simples, o design, nada incrível. O que mais gostei lá? A vitrine, cheia de flores. As únicas nessa fria primavera de Nova York.